quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

O MITO





A tormenta noturna cessou

Quando o homem afivelou

As suas malas e partiu

Sem um olhar para trás

Sem uma palavra de adeus

Ninguém viu, nem chorou.

O cão de estimação correu

Até chegar aos rochedos

E na distância se perdeu

Na preamar desde cedo

Calaram todos os gritos

De mulher e de menino

Haviam perdido o mito.

Sem pressa, sem desatino

Deu o braço à namorada

E se foi sem dizer nada.



Conceição Pazzola

Olinda, 31/07/2006.



 

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