quarta-feira, 31 de março de 2010

SAUDADE

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Penso em ti e só o vento é testemunha
Silenciosa, quando sopra em meu rosto
Desfaz a tua imagem de meus sonhos
Acordo para a saudade e o desgosto

Lembro-te todo dia, toda hora
Sinto falta apenas de retalhos bons
Cortados de nosso hiato de amor
Lembro dele até nos sons de agora

De nossa música, de tanto carinho
Sobraram tuas juras, embora falsas
Guardadas nos instantes em que juntinhos
Vivemos o amor intenso, fugaz, esparso.

Vivo hoje a pedir por louca chance
Mesmo impossível para te dizer
Quanto seria tão feliz se o acaso
Trouxesse nem que fosse de relance
Último instante em teus braços pra viver.



Conceição Pazzola
Olinda, 23/4/2003

Um comentário:

Evas Marias e Clarices disse...

Oh! Maria! Teu sobrenome me remete a Itália, teu poema, a Portugal. Nem sei por que? Deve ser porque essa tua saudade e do tamanho do oceano. Vim para partilhar e também desejar-te uma Feliz e alegre Páscoa. Fraterno abraço!