Nas ruas apinhadas, nos centros de compras, há gente indo e vindo, todo mundo comprando às pressas. Ninguém dispõe de tempo para apreciar o nascer do dia, o raio de sol que parece brincar nas vidraças da janela, nas poças d’água das calçadas. Neste clima materialista, como seria recebido o aniversariante máximo desse mês tão festivo?
Se Jesus por milagre aparecesse no meio da rua, os carros freiariam a tempo? E as pessoas acreditariam, mesmo, que “Ele” voltou? Nos balcões apinhados das lojas, os olhares de cobiça se desviariam para o ilustre visitante?
O que Ele acharia do vai-e-vem enlouquecido, das vitrines cheias de papai Noel, árvores de Natal cobertas de falsa neve, do trânsito engarrafado das ruas, de tantas pessoas que esqueceram o significado de “Amai-vos uns aos outros” ?
Talvez seja preferível que não venha nos visitar, pelo menos, livra-se de sofrer decepção. Nesta insana época pré-natalina de consumismo desenfreado, talvez nem Jesus compreendesse o que toda essa gente diz comemorar no dia 25 de dezembro.
Teria ainda esta crença, falaria a mesma coisa a esta humanidade de robôs?
Conceição Pazzola.
Dezembro/1977.
4 comentários:
precisamos de mais calma, né Ceiça?
beijo
Um beijo bem grande, Ceiça querida.
Saudades de tu.
Feliz Dia de Reis.
Escritoramiga Conceição,
Chuva de verão, hoje domingo, aproveito para visitar os blogs
dos(as)poetas... Vamos torcer,
não é Ceiça?
Beijos literários do,
Calvino
rsrsrsrsrs
lá em cima, a postagem com o nome de Marcela, na verdade é minha.
um beijo, Ceiça querida.
Adorei saber que vc tbem quer vestir amarelo.
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