Maio de 1990/Sennori-Sardegna/Itália
Na chegada, a ceia com a famiglia, que rolou até de madrugada.
Se a calidez de novo sol
Afugentar de minh’alma
Os desencantos do mundo
Encontrarei prazer e calma
Se misterioso perfume devolver
Lembranças, emoção irresistível
Sentirei teu aroma, o doce prazer
E o bálsamo à dor imprevisível
Comigo morre tua voz, acabou-se
O consolo de minha vida sombria
Hoje ainda te chamo. Antes fosse
Novo tempo de perdão, de alegria.
Permaneço na vida teimosa, calada
Sem abrir a inviolada porta de saída
Perdi um dia sua chave encantada
Onde guardei ternuras esquecidas.
Olinda, 28/06/1999.
4 comentários:
Querida Ceiça,
Li seu poema e, veio-me uma sensação semelhante àquela que me despertam estes versos de Chico Buarque: "Há dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu..."
Tristes, mas belos!
Beijos,
Gerlane
...
-São portas que só o tempo abre e só a memória fecha...
Pelo caminho da minha lembrança
Semeei o vago na tua procura
No tear da incontrolável vontade
Teci-te um manto da…seda mais pura…
Boa semana
Mágico beijo
Querida Conceição,
O título do poema é fiel ao seu assunto: Neste estado de melancolia, Conceição, potencializa sentimentos de grande afeição, carinho, amor expresso em gestos e atitudes que logo se tranformam em contentamento. É nisso que o poema é fiel e foi assim que o entendi.
Parabéns escritoramiga!
Abs do,
Calvino
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