Ilha do Rodeadouro - Rio São Francisco
Petrolina/Pernambuco.
Estou de mãos vazias flanando
Vim sorrindo e volto cantando
Pulsa em mim, ecoa no peito
Incontido amor, amor perfeito.
Voa constante sombra incerta
Sobre aquela menina inquieta
Ainda não revelada, suspensa
Em nuvens singelas, desfeitas.
Voa ainda no tempo andarilho
Perdida em queixas amiudadas
Quis olvidar sua dor desdenhada
E agora se acha liberta, palmilha
Sozinha por desconhecida trilha.
Persegue velha miragem doentia
Um oásis de paz, cheio de luzes
Pressente ali o seu cálido ninho
Onde vai deixar as duras cruzes.
Liberta para sempre de suas lidas
Encontrará seu admirável jardim
Ouvirá belas e sedutoras cantigas
E cantará do princípio até o fim.
Conceição Pazzola.
06/06/1999.
Um comentário:
São os incomensuráveis ciclos da vida: sem começo, nem fim! Só mudanças! Que não nos dão muitas opções para escolhas, a não ser a elas se adaptar.
Abraços, querida!
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