sábado, 5 de julho de 2008

ARNALDO



Na cidade industrial de Paulista, região metropolitana do Recife, a oito de julho de 1924 nasceu Arnaldo Cardim de Carvalho, o primogênito de Alfredo Cardim de Carvalho e de Sebastiana Ferreira de Araújo, ele comerciante e ela operária, depois voltada às prendas do lar.

Cresceu numa região dominada por chaminés de fábricas de tecidos e cercada pelos canaviais onde havia fartura de mão de obra barata explorada pelo coronelismo e donos de engenho. Viu a família crescer e a casa da Rua da Matinha se encher de irmãos.

De natureza combativa superou os obstáculos da origem humilde, limitações de instrução, saúde, dificuldades regionais e se projetou no cenário paulistense.

Durante cinqüenta e sete anos tentou ser acima de tudo o exemplo de filho, pai, irmão, tio, primo, avô, amigo e profissional competente.

Depois do casamento com Valdecy Torres deixou a Contadoria da Fábrica de Tecidos Paulista para se tornar fotógrafo autônomo.

Arnaldo Cardim se tornou indispensável nos eventos sociais ou particulares dentro e fora de Paulista.

Conquistou o seu lugar ao sol, um milhão de amigos e faleceu no dia 3 de outubro de 1980 derrotado na luta contra o câncer.

Já se passaram vinte e oito anos desde quando isso aconteceu. O nome do fotógrafo Arnaldo Cardim ainda é lembrado em Paulista ou pelos antigos moradores da região.

Arnaldo devorava livros, tornou-se autodidata e aprendeu a projetar moradias. Deixou o seu nome gravado na história do município por todo o sempre.

Correto, compreensivo, inteligente, a sua morte prematura transformou-o num ídolo e força propulsora que me ajuda nas horas adversas.

Arnaldo, onde quer que esteja saiba que continuo a amá-lo. Devo-lhe muito, principalmente as suas inesquecíveis lições de amor, compreensão e respeito ao ser humano.

Olinda, 08 de julho de 2008.

Conceição Pazzola


FOTO:
ARNALDO CARDIM - PRIMEIRO À ESQUERDA DA FOTO


2 comentários:

Anônimo disse...

venha participar em www.luso-poemas.net

Clóvis Campêlo disse...

Conceição:
Arnaldo era o seu avô?
No texto não ficou muito claro isso.
Será que ele chegou a conhecer os seus textos e os seus poemas?
Onde quer que esteja, com certeza, estará muito orgulhoso da sua descendente poetisa e escritora.
Abração amigo.