Moro tão longe, que as serpentes
morrem no meio do caminho.
Moro bem longe: quem me alcança
para sempre me alcançará.
Não há estradas coletivas
com seus vetores, suas setas
indicando o lugar perdido
onde meu sonho se instalou.
Há tão somente o mesmo túnel
de brasas que antes percorri,
e que à medida que avançava
foi-se fechando atrás de mim.
É preciso ser companheiro
do Tempo e mergulhar na Terra,
e segurar a minha mão
e não ter medo de perder.
Nada será fácil: as escadas
não serão o fim da viagem:
mas darão o duro direito
de, subindo-as, permanecermos.
Alberto da Cunha Melo
morrem no meio do caminho.
Moro bem longe: quem me alcança
para sempre me alcançará.
Não há estradas coletivas
com seus vetores, suas setas
indicando o lugar perdido
onde meu sonho se instalou.
Há tão somente o mesmo túnel
de brasas que antes percorri,
e que à medida que avançava
foi-se fechando atrás de mim.
É preciso ser companheiro
do Tempo e mergulhar na Terra,
e segurar a minha mão
e não ter medo de perder.
Nada será fácil: as escadas
não serão o fim da viagem:
mas darão o duro direito
de, subindo-as, permanecermos.
Alberto da Cunha Melo
4 comentários:
Bela edição!
Bela leitura!
Obrigados, poeta-doce-de-gente,
Alberto e Cláudia
Lindi, lindo . Esta é uma das minhas preferidas de Alberto.
beijo
Não é um cartão de visitas, é um presente!
Obrigada Ceiça querida.
beijo grande
"Moro tão longe que as serpentes morrem no meio do caminho...",lindo!Vim retribuir uma visita e me deparo com tantas coisas lindas !Maior ainda a alegria de encontrar uma conterrânea poetisa,receba os parabéns pelo blog e o abraço do amigo!
(Alexandre Souza)
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