terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

LIMITES DO AMOR



Condenado estou a te amar

nos meus limites

até que exausta e mais querendo

um amor total, livre das cercas,

te despeça de mim, sofrida,

na direção de outro amor

que pensas ser total e total será

nos seus limites da vida.


O amor não se mede

pela liberdade de se expor nas praças

e bares, em empecilho.

É claro que isto é bom e, às vezes,

sublime.

Mas se ama também de outra forma, incerta,

e este o mistério:


- ilimitado o amor às vezes se limita,

proibido é que o amor às vezes se liberta.

Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.



Affonso Romano de Sant'anna.

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