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Se você tivesse um notebook
Haveria de encontrar na tela
A confissão desse amor antigo
Com raízes fincadas na terra
Debaixo de uma árvore frondosa
Resistente às intempéries
A todo vendaval impiedoso
Desses em que nada resta
Apenas as raízes à mostra
Se você tivesse um notebook
Haveria de saber do tamanho
Das raízes de um grande amor
Fincadas no mesmo lugar
Anseiam por alimento no solo
Devastado e sem nutrientes
Essenciais à vida, ao viço
De um amor indestrutível
Sem nunca, nem por instantes
O tempo, a saudade, a dor
De vivermos separados
Conseguiu destruir ou apagar
Se você tivesse um notebook
Onde quer que esteja agora
Saberia quanto te amo
Depois de tantos temporais
Apesar do passar dos anos.
Conceição Pazzola
5 comentários:
Ceiça,
Singelo e moderno esse seu poema. Um grito, calmo, de amor e de saudade.
abrç
Lú
adorei!
Adooorei!!!!!!!!!
Eu não tenho um notebook,
Mas tenho um computador.
Através dele encontrei,
estes teus versos de amor.
Só sendo mesmo de Olinda,
Essa criatura tão linda,
Que escrevendo me encantou.
Um abraço,
Dalinha
Nossa,me encatei com todas essas palavras. Você faz um belo trabalho; tem um ótimo jogo de cintura.
À poetisa é dado o direito de transgredir dimensões, espaços, tempos, ares, e recriar, sob a batuta da sua construtividade literária, o mundo e os sentimentos. Também gostei!
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