Imagem google (Fernando de Noronha)
O véu que ocultava teu rosto
Escondia o brilho de teu olhar
Sedento de amor reprimido
E incontida paixão
Depois de arrancá-lo
Com a ternura de minhas mãos
Mergulhei no doce abismo
E nunca mais pude acordar
Somente no mar de teus olhos
Encontrei o furor jamais pensado
Das indecifráveis correntezas
Tuas cálidas ondas enlouqueceram
Os meus sentidos e naveguei
Suavemente até o fundo de
Teu coração inquieto, impaciente
Sem querer nunca mais acordar
Na superfície fria da realidade
Dolorosa e cruel que nos rodeia
Entregue ao abrigo de teus braços
Fui parar onde mora o segredo
Que tanto quiseste ocultar.
Conceição Pazzola
Março/2009
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