Foto pública
Por Suleiman Kalil Botelho
Já é tarde, querida, muito tarde
Pra reacender a chama que existiu.
Sob estas cinzas frias já não arde
A lava de um vulcão que se extingüiu.
Foi-se de vez, serena, sem alarde
Como um raio de sol que se encobriu
Atrás dos montes, ao cair da tarde,
E só as sombras sabem que partiu.
É o destino fatal das coisas vivas:
Que se esfumem no tempo, sejam breves,
Frágeis, fugazes e, ao tempo, tão cativas.
Não há porque chorá-las. O esquecimento
É o remédio maior que as torna leves
E nos salva da dor, do sofrimento.
16/12/2004
Um comentário:
E como disse um dos nossos poetas maiores:"que seja infinito, enquanto dure!"
Beijos, Ceiça!
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