
É chegada a hora de lembrar
Sorrisos dados e recebidos
Desejos e sonhos realizados
Se houve mágoa, o tempo sarou
Se houve tristezas ou desamor
Como sal foi atirado ao fogo
A chama cresceu e logo apagou
É tempo de olhar para o passado
Um comprido novelo de lã escura
Perdido nas linhas emaranhadas
Como flor desfolhada sem frescura
O ontem não é agora, virou nada
Nenhuma hora foi desperdiçada
Não há mais tempo de remendar
Meus trapos de vida atrapalhada
Foram-se anos esparsos de festa
Tive chances, dádivas e fantasias
Deixei-as no porto em companhia
Da bagagem, agora o que me resta?
Conceição Pazzola
18/04/1999.
2 comentários:
Simplesmente enebriante... Lindo poema... Identifiquei-me muito com ele. Aliás, todo o seu blog. Dá vontade de ficar o dia todo lendo e viajando... Parabéns! Já sou sua seguidora. Aparece também no meu espacinho: www.lupoesias.blospot.com. Espero sua visita e comentários... Um grande abraço!
Oi Luciana
Volte sempre que quiser, será bem-vinda. Obrigada pela visita. Tentei entrar no seu blog, mas, a resposta foi que ele não existe. Uma pena.
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