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Aos meus olhos de criança
Enorme era minha casa
O olhar não via
Por mais que desejasse
Onde acabavam paredes
Somente nas pontas dos pés
Era possível ver o que havia
Sobre o balcão da cozinha
De minha mãe
Aos olhos de qualquer um
Havia naquela casa
Muita gente comum
Tantas vozes, tantos pés
Muitos beijos e abraços
Um dia eu cresci
Encolhidas se tornaram
Todas as coisas e pessoas
Mudaram e como gente grande
Também assim me olharam
Sem nenhum aviso prévio
Arrebentou como tufão
De buscar longe dali
A aluvião de desejos
Quem dera...
Reaver dentro e fora
A beleza extinta, a união
Que um dia tive e perdi
Na minha casa.
Conceição Pazzola
17/5/2002
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