A minha vida nada mais é
Somente o castelo de areia
Efêmera, ao sabor da maré
Basta um sopro na candeia
Antes, só eu, o mar, o céu
Como será o meu castelo
Penso nele muito bonito
Forte, sólido, igual rocha
Longe de qualquer ameaça
Com areia faço argamassa
Moldo, desfaço sem pressa
Enfim o longo dia termina
No castelo tem um jardim
As ondas pedem seu lugar
E o mar avança sobre mim
Em breve desisto de lutar
Também o castelo tomba
A luta insana é crescente
Dele? Nenhuma sombra
Foi tragado de repente
Para onde foi o castelo
Nem lembrança restou
De novo só, perdi o elo
Ele sumiu, desmoronou.
Conceição Pazzola
27/7/2007
3 comentários:
Corremos o risco de vê-los ruir,quando construímos castelos na areia,principalmente,à beira-mar,pois este sempre retoma o que é seu.Mas,triste sina essa de poeta,a de viver construindo castelos na areia.
Um abraço,Ceiça!
Gerlane
Ceça!
Louvadosejadeus! Blog reconfigurado e eu podendo dizer aqui: poeta, você não é de desistir! Reconstrua esse castelo, hôme!Onda vai, onda vem e nós, aqui, reconstruindo nossos castelos!
Beijim, querida!
Ceiça, querida.
Ainda estou ouvindo a sua voz.
um beijo.
P.S. Há castelos que não tem onda que destrua.
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